sábado, 30 de abril de 2011

Capitulo 11 - Isso já está a ficar sério

Queridas leitoras,

Em primeiro lugar quero pedir-vos muitas, muitas, muitas desculpas por ter demorado tanto para postar um novo capítulo, mas realmente não tenho tido muito tempo por causa da escola e também porque tenho tido alguns problemas no meu computador.
Em segundo lugar quero vos pedir um favor: eu e o meu grupo de área de projecto estamos a fazer um trabalho para angariar fundos para instituições de animais abandonados e maltratados, e para que esse trabalho se torne mais fácil resolvemos criar um blog onde daremos informações sobre como podem ajudar, se quiserem claro. E assim deixo-vos aqui o link do blog: http://projectoajuda2011.blogspot.com/
Espero que fiquem sensibilizadas e que tentem ajudar como poderem.
Obrigada e mais uma vez desculpem pela demora.
Espero que desfrutem do novo capítulo e que comentem!

Beijinhos :)

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"Beatriz"

Acordei era bastante cedo, não tinha dormido muito bem. Ontem mal cheguei a casa fui-me logo deitar e tentar adormecer. Eu não queria pensar no quase beijo que eu e o David demos, porque sabia que ia pensar demais e depois ia-me arrepender. Estava farta de andar às voltas na cama, por isso levantei-me e decidi ir da uma corridinha pela praia. Ia-me fazer bem e eu gostava de fazer exercício. Levantei-me da cama e fui mudar de roupa. Vesti uma roupa bastante prática e fresca para fazer desporto. Atei o cabelo, pus o meu relógio no pulso, peguei nas chaves de casa e logo de seguida saí, sem tomar pequeno-almoço, apenas agarrei no meu ipod e fui até a praia mais próxima fazer a minha corrida. Quando cheguei, pus os phones nos ouvidos, liguei a música e pus o volume no máximo, e começei a correr. Corri muito velosmente. A verdade é que não queria pensar, não queria confundir-me, apesar de já estar confusa, por isso corri o máximo que pude. Acho que nunca corri tanto na minha vida! Mas estava-me a fazer bem sentir o ar da praia a bater contra a minha cara. Quando já estava completamente esgotada, dirigi-me a um pequeno bar que havia na praia e comprei uma água. Depois sentei-me num dos bancos, e pus-me a contemplar o mar, e sem eu querer, a imagem do David veio à minha cabeça e um sorriso meio parvo formou-se nos meus lábios. Não sabia porque me sentia assim, conhecia-o há tão pouco tempo... Mas ele era uma óptima pessoa, das poucas vezes que estive com ele senti que não estava com o David Luiz, o jogador do Benfica, mas sim com o David, uma pessoa normal. Eu não sei o que se passou comigo ontem, mas aquela proximidade toda entre mim e o David deixou-me desconcentrada, sem saber o que fazer e o que dizer, apenas consegui concentrar-me nos lábios dele. Senti uma vontade enorme de o beijar, e se o Gustavo não tivesse tocado à campainha acho que o tinha beijado mesmo! Mas depois daquele "quase beijo" fiquei atormentada, não consegui olhar para o David... Várias perguntas vieram à minha cabeça, tais como: O que foi aquilo? Como é que aquilo poderia acontecer? Será que ele também queria beijar-me? A verdade é que não tinha nenhuma resposta para essas perguntas. Não sabia o que sentia, nunca me tinha sentido assim tão confusa, mas o que mais me atormentava era o simples facto de o conhecer há tão pouco tempo e não perceber o porquê de ele não me sair da cabeça! Acho que estou a sentir algo mais forte por ele e isso é uma coisa que não me agrada nada, porque apesar de ele ser uma excelente pessoa, ele é o David Luiz, um jogador de futebol que a qualquer momento pode ser comprado por outro clube.
Fiquei mais alguns instantes a saborear a minha água, a contemplar o mar e completamente perdida em pensamentos, até que olhei para o relógio e vi que já eram 13:48h. Nem sequer dei pelas horas passar, e a Daniela já devia ter acordado e já devia de estar a fazer os seus filmes. Por isso apressei-me a ir para casa, dando mais uma corrida e quando cheguei decidi subir pelas escadas. Cheguei à porta de casa completamente estoirada, pus a chave na porta e abri-a. Entrei e a Daniela estava na sala sentada no sofá.
- Onde é que tu estavas? Fartei-me de te ligar! Já estava a ficar preocupada! - disse com um ar chateado.
- Fui correr um pouco, precisava de espairecer... E deixei o telemóvel em casa! - respondi-lhe ainda um pouco ofegante.
- Bonito! A menina vai correr e não me avisa! - disse com um ar de mãezinha.
- Desculpa, não volta a acontecer mãe! - disse a picá-la e a agarrar-me a ela dando-lhe um leve beijo no rosto. 
- Espero bem que não! Agora vai tomar banho que estás toda soada. Que nojo! - disse afastando-se de mim e eu ri-me.
- Sim é o que eu vou fazer. - disse a sair da sala e a dirigi-me para o meu quarto.
- E eu vou fazer o almoço! - informou-me num tom de voz mais elevado para eu a ouvir.
- Ainda bem porque eu estou a morrer de fome! - gritei já dentro do meu quarto.
Fui tomar um banho relaxante e novamente veio-me a imagem do David à cabeça. Aquele homem estava-me a deixar doida! Saí do banho, passei um pouco de creme pelo meu corpo e fui me vestir. Escolhi uns calções brancos e uma camisola preta simples pois era só para ficar em casa e então não precisava de estar muito arranjada. Deixei o cabelo secar ao natural e fui para a cozinha, e lá estava a Daniela a acabar de fazer o almoço.
- Hum cheira tão bem... - disse ao entrar na cozinha.
- Sabes como é. Aqui a tua melhor amiga tem uns exelentes dotes culinarios. - disse com um ar convencido.
- Sim, pois é claro. - disse ironicamente.
- Tu sabes que é verdade! Agora vai pondo a mesa enquanto eu acabo isto. - ordenou-me com um grande sorriso.
Pus a mesa e depois comemos entre brincadeiras, mas mesmo assim não conseguia tirar o David da minha cabeça. Depois do almoço fomos para a sala ver um pouco de televisão. Sentámos-no no sofá e ficámos a ver um programa que estava a dar na MTV. Quando acabou o programa, dirigi-me até ao meu quarto para buscar o meu telemóvel. Nem sequer tinha tocado nele hoje, e quando olhei para ele tinha cinco chamadas não atendidas, quatro da Daniela e uma do David. Fiquei surpreendida! Não estava à espera que ele me ligasse. Ainda pensei em ligar-lhe novamente mas já tinha passado três horas desde que ele me ligou e se fosse alguma coisa importante ele tinha me ligado novamente. Mas porquê que haveria ele de me ligar? Voltei para sala intrigada.
- O David ligou-me ... - disse sentando-me ao lado da Daniela.
- O que ele queria? - perguntou-me a sorrir.
- Não sei, não atendi. - disse a olhar para o telemóvel.
- Porquê? - perguntou-me um pouco indignada.
- Porque ele ligou-me quando eu estava a correr! - disse com uma voz calma.
- Ah então liga-lhe outra vez!
- Não! Achas?! Já se passaram tês horas desde que ele me ligou. Se fosse alguma coisa importante ele voltava-me a ligar! - afimei olhando para ela.
- Oh liga-lhe! Se não fosse importante ele não te ligava. E se calhar não te voltou a ligar porque estava à espera que fosses tu a fazê-lo.
- Achas mesmo? - disse um pouco confusa.
- Sim, acho! Liga-lhe vá. - ordenou-me com um grande sorriso.
Eu assim o fiz. Levantei-me do sofá e fui até à varanda para lhe ligar e falar mais à vontade, pois a Daniela é muito cusca e de certeza que ia ficar a ouvir a conversa. Não queria muito o fazer, mas estava mesmo curiosa para saber o motivo dele me ter ligado. Liguei-lhe finalmente e ao fim de três toques ele atendeu.
- Alô.
- Olá David.
- Oi Bia. Tudo bem? - perguntou-me educadamente.
- Sim e contigo?
- Também!
- Olha desculpa eu encomodar-te mas só te liguei porque tu me ligaste. Aconteceu alguma coisa? - perguntei apressadamente.
- Não aconteceu nada, só te liguei para te convidar para almoçar comigo, mas você não atendeu e eu tive que almoçar sozinho. - disse com uma voz um pouco desiludida.
- David desculpa! É que eu fui correr e deixei o telemóvel em casa, e só agora é que vi a chamada. - desculpei-me, tinha ficado mesmo mal por não o ter atendido.
- Não tem problema não. - disse com a voz ainda um pouco desiludida.
- Vais ter treino agora? - perguntei logo visto que tive uma ideia.
- Não. Já tive hoje de manhã.
- Então podiamos ir beber um café, o que dizes? - não sei como tive coregem para dizer isso mas disse.
- Por mim tudo bem, posso ir ai te buscar? - perguntou e pela sua voz percebi que estava a sorrir.
- Se não te importares, claro que podes!
- Claro que eu não me importo. Passo aí daqui a meia hora, 'tá bom? - disse com uma voz mais contente.
- Sim, 'tá óptimo. - disse sorridente - Então até já. - despedi-me.
- Até já, beijo. - despediu-se e desligámos.
Um sorriso parvo apareceu no meu rosto. Voltei para a sala com esse mesmo sorriso e a Daniela logo começou a provocar-me.
- Esse sorrisinho estúpido é porque tiveste a falar com o Davidizinho né?
- Cala-te parva. - disse um pouco irritada.
- O que falaram? - perguntou-me curiosa.
- Nada de especial, vamos tomar um café daqui a bocado. - sorri.
- Ai... Isso já está a ficar sério. Primeiro é o jantar e agora é o café... Sim senhora, 'tou a gostar! - disse a gozar comigo.
- É só um café... E agora eu vou me arranjar, já estou farta de ouvir as tuas parvoices. - disse saindo da sala.
- Ah sim! Tens que te pôr bonita para o mister caracóis. - disse a provocar-me.
Não lhe respondi. Fui para o meu quarto e vesti uma roupa simples, e calçei uns saltos altos. Maquilhei-me e dei um jeitinho ao cabelo. Pouco tempo depois o David mandou-me mensagem a dizer que já estava lá em baixo à minha espera. Agarrei na minha mala, saí do quarto, passei pela sala e dei um beijo a Daniela, e desci. Logo avistei o audi Q7 branco do David e dentro estava ele com um sorriso lindo nos lábios. Entrei no carro e cumprimentei-o. Estavamos um pouco embaraçados por causa do que se passou ontem, mas ele não tocou no assunto e eu também não o ia fazer. Se calhar para ele não foi tão significativo como para mim... Decidimos ir ao Colombo pois era mais perto. Fomos o caminho a falar de coisas normais. O David ia o caminho todo muito atento à estrada e eu não consegui deixar de reparar em cada traço do seu rosto perfeitamente delineado, e com os seus caracóis caidos pelo seu rosto, dava-lhe um ar tão angelical que me deixava caidinha... Chegámos ao colombo e sob o olhar atento de alguma pessoas fomos até a um pequeno café que lá havia e pedimos os nossos cafés, sem a preocupação do que poderia acontecer a seguir...

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